quarta-feira, 27 de maio de 2020

PEDRO SOARES BEZERRA




CARLOS ALEXANDRE
Pedro Soares Bezerra, conhecido como Carlos Alexandre, (Nova Cruz1 de junho de 1957 — São José do Campestre30 de janeiro de 1989) foi um cantor brasileiro.
BIOGRAFIA
Filho de Gennaro Bezerra Martins e Antonieta Feconstinny Bezerra, Carlos Alexandre nasceu em Nova Cruz, e viveu toda a sua vida no bairro Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal.A carreira de Carlos Alexandre começou em 1975 quando, ainda utilizando o nome artístico de "Pedrinho", teve sua primeira música gravada. Em 1977, foi rebatizado como Carlos Alexandre[. O radialista Carlos Alberto de Sousa levou-o para a RGE, pela qual gravou um compacto simples com as canções "Arma de Vingança" e "Canção do Paralítico" que vendeu 100 000 cópias, seguindo-se o grande sucesso, "Feiticeira", com 250 000 cópias vendidas.
No dia 30 de janeiro de 1989 o cantor se envolveu em um acidente na estrada estadual RN-093, que liga os municípios de Tangará e São José do Campestre, na região da Borborema potiguar, divisa das regiões Agreste com Trairi do Rio Grande do Norte, quando havia saído de um show e seguia para sua casa em Natal, na época o cantor havia lançado recentemente o disco Sei, Sei. No seu repertório de sucessos, encontramos canções como "Feiticeira", "Cartão Postal", "Sertaneja" e "A Ciganinha".
O mito que veio da Esperança. Distante do centro urbano natalense, há 40 anos nascia a Cidade da Esperança. Como o próprio nome guarda em seu significado, surgia um aglomerado populacional que trazia consigo a fé, o desejo do lar, até pelo fato de ser uma experiência pioneira do modelo de moradia para a população de baixa renda. Naquele momento Natal recebia de presente o primeiro conjunto habitacional da América Latina. Conjunto que abrigou e ainda acolhe nomes que fizeram e a continuam construindo a trajetória da capital potiguar. Entre eles está Pedro Soares Bezerra, nome pouco conhecido do grande público, já que na vida artística ele era batizado como Carlos Alexandre, cantor que morreu em um acidente de carro em 1989.
Ídolo popular, ninguém poderia representar melhor o bairro. Carlos Alexandre era um retrato das pessoas de Cidade da Esperança. Humilde, simples, mesmo depois que alcançou o sucesso e passou a ter remunerações mais expressivas não trocou Natal pelo Sudeste, centro da arte e cultura do país, muito menos deixou o bairro que o recebeu quando ele saiu do município paraibano de Jacaraú, onde morava com a família que o adotou aos 2 anos de idade, e veio para a capital potiguar que lhe presenteou com os caminhos da carreira musical. Durante 10 anos ele morou na ‘‘Esperança’’, somente nos três últimos anos de vida fixou residência no Jardim América e depois na Zona Norte.

SUCESSO
Nascido em Nova Cruz, ele alcançou o sucesso aos 21 anos, talvez tenha sido um dos norte-rio-grandenses que mais brilhou na música nacional. Deixou 200 composições gravadas em três compactos e 14 LPs (sendo dois LPs e quatro CDs uma homenagem póstuma feita pela gravadora RGE). Com esses trabalhos ganhou 15 discos de ouro e um de platina. Para se ter uma ideia da dimensão de seu sucesso, a viúva do cantor, Maria Solange de Melo Bezerra, 54 anos, até hoje, 23 anos depois de sua morte, sobrevive com os recursos provenientes dos direitos autorais que ainda recebe. 'A música dele ainda é tocada e regravada. Em todo o Brasil se escuta Carlos Alexandre. Recebo direitos autorais até de rádios de Portugal’.
Solange foi sua companheira durante toda a sua carreira e também a sua maior incentivadora. Eles se conheceram em 1976, quando Carlos Alexandre, aos 19 anos, veio para Natal fazer uma cirurgia e não mais voltou para [Jacaraú], ficou morando e trabalhando com os irmãos de criação que eram comerciantes.
A casa do irmão dele ficava na rua da casa da minha mãe, na Cidade da Esperança. Ele trabalhava como vendedor na padaria de um dos irmãos. Nessa época já gostava de cantar, seus ídolos eram Elvis Presley, Roberto Carlos e Evaldo Braga. A noite ele ia para frente da minha casa e ficava cantando e tocando violão. Juntava muita gente.
RELACIONAMENTO
Nessa época ele já estava interessado em namorá-la, mas Solange tinha um outro namorado. ‘‘Até que na virada do ano de 76 para 77 meu namorado não apareceu. No dia 1 de janeiro ele me disse que havia feito a música Arma de Vingança para mim e nós começamos a namorar’’. Ela conta que aos poucos foi modificando as roupas, o cabelo e o jeito do namorado, como o intuito de levá-lo até a casa do então radialista Carlos Alberto de Sousa.
Aquele era um ano de campanha, Carlos Alberto ia ser candidato a vereador e gostava de ajudar muito aos pobres. Na primeira vez que fomos até a casa de Carlos Alberto, Carlos Alexandre ficou nervoso. Insisti e fomos novamente até a Rádio Cabugi, onde Carlos Alberto tinha um programa. Lá ele cantou Canção de um paralítico e Arma de vingança. Carlos Alberto adorou e na hora já fizeram um trato, no qual Carlos Alexandre cantaria na campanha e se ele ganhasse, Carlos Alberto se comprometia a levar todos os artistas que o ajudaram para gravar um disco em São Paulo.
Até então ele era conhecido como Pedrinho, passou a utilizar o nome artístico de Carlos Alexandre por sugestão de Solange.
Eu tinha um afilhado com esse nome e achava lindo. Fiz a sugestão e ele gostou.
A campanha foi vitoriosa e o trato foi cumprido. Em janeiro de 1978 Carlos Alexandre junto com Gilliard, Edson Oliveira, entre outros artistas embarcaram para São Paulo, para gravar seus discos pela RGE. Carlos Alexandre gravou um compacto que vendeu 100 mil cópias. O cantor foi então chamado pela RGE para gravar seu primeiro LP "Feiticeira", ainda em 1978, que o consagrou vendendo 250 mil cópias. Esse disco também foi gravado em castelhano. Carlos Alexandre viajou o país com seus sucessos, FeiticeiraA CiganinhaVá Para a Cadeia, entre tantos outros. Em algumas viagens Solange, que casou-se com o artista em fevereiro de 78, o acompanhava.
Ia sempre quando ele ia gravar. Ele vinha para Natal para gastar o que ganhava fora. Dizia que Natal era a sua cidade, o lugar para descanso e para lazer.
ACIDENTE
Para Solange o cantor era uma pessoa simples, amável, não guardava mágoa de ninguém e tinha muitos amigos. Ela ainda conta que o artista era um pouco namorador, mas logo justifica a atitude do marido, ‘‘também bonito e gostoso como era’’. Além de companheira, Solange ainda era a responsável por confeccionar as roupas de seus shows. Juntos eles tiveram três filhos: Germina de Melo Bezerra (através do nome da filha ele homenageou a sua mãe de criação), 27 anos; Carlos Alexandre de Melo Bezerra, 24 anos; e Carlos Adriano de Melo Bezerra, 21 anos. Hoje o filho do meio, que é conhecido como Carlos Alexandre Júnior, está seguindo os passou do pai e vem fazendo diversos shows pelo interior do Nordeste.
Especula-se que ele teria tido um filho fora do casamento. A história que envolve uma fã, Foi omitida e negada pela família e pela imprensa, nada se sabe sobre este suposta história. Hoje esse suposto filho com 27 anos leva seu mesmo nome artístico Carlos Alexandre e reside no sudeste na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais
O cantor morreu em 30 de janeiro de 1989 em um acidente de carro entre São José de Campestre e Tangará, quando voltava de um show[ em Pesqueira, em Pernambuco. O velório ocorreu no ginásio de esportes de Cidade da Esperança e o enterro, que reuniu milhares de fãs foi no Cemitério Bom Pastor, no dia 31 de janeiro. Segundo matérias publicadas na época, ele foi sepultado ao som da multidão cantando Feiticeira.
Até hoje sinto muito a falta dele. Ainda guardo a camiseta suada que ele vestia antes de viajar. As últimas palavras que disse a ele foram: leve um pedaço do meu coração e deixe um pedaço do seu.
DISCOGRAFIA
·        1978 Carlos Alexandre - Feiticeira Vol. 01
·        1979 Carlos Alexandre - Voltei Vol. 02
·        1980 Carlos Alexandre - Já Troquei Você Por Outra Vol. 03
·        1981 Carlos Alexandre - Mulher de Muitos Vol. 04
·        1982 Carlos Alexandre - Revelação De Um Sonho Vol. 05
·        1983 Carlos Alexandre - Cartão Postal Aqui Estou Vol. 06
·        1984 Carlos Alexandre - Vem Ver Como Eu Estou Vol. 07
·        1985 Carlos Alexandre - Final De Semana Vol. 08
·        1986 Carlos Alexandre - Gato e Sapato Vol. 09
·        1987 Carlos Alexandre - Nosso Quarto e Testemunha Vol. 10
·        1988 Carlos Alexandre - Sei Sei Vol. 11
·        1989 Carlos Alexandre - Eternamente Vol. 12
·        1993 Carlos Alexandre - Especial
·        1998 Carlos Alexandre - 20 Super Sucessos Vol. 1
·        1998 Carlos Alexandre - 20 Super Sucessos Vol. 2
·        2000 Carlos Alexandre - Coleção Pérolas
·        2001 Carlos Alexandre - Recorda O Irmão
·        Carlos Alexandre - grandes sucessos
·        Carlos Alexandre - Último Show
FONTE - WIKIPÉDIA

BIOGRAFIA DO ÍDOLO ROMÂNTICO CARLOS ALEXANDRE É LANÇADA EM NATAL



LANÇAMENTO ACONTECEU NOS DIAS 21 E 26 DE NOVEMBRO  DE 2015EM DOIS BAIRROS.EVENTO CONTOU COM SHOWS DO GRUPO ACORDE E DE CARLOS ALEXANDRE JÚNIOR


Carlos Alexandre, o cantor referência na música romântica do país a partir do final da década 1970, ganha sua primeira biografia. O lançamento do livro “O Homem da Feiticeira – a história de Carlos Alexandre”, assinado pelo jornalista Rafael Duarte, acontece neste sábado (21), às 15h, no pátio da feira da Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal. O grupo vocal Acorde e o cantor Carlos Alexandre Jr. farão shows. Na quinta-feira (26), o jornalista autografa o livro, a partir das 18h, no bar do Zé Reeira, no bairro de Cidade Alta.
A biografia é fruto de três anos de pesquisa. Em 378 páginas, o autor narra a trajetória de Pedro Soares Bezerra, menino pobre de Santa Fé, no agreste do Rio Grande do Norte, que transformou o sonho de ser cantor popular no principal objetivo da vida. O livro sai pelo selo Caravela Cultural. Em 11 anos de uma carreira meteórica, Carlos Alexandre conquistou 15 discos de ouro e um de platina. Foram mais de 2 milhões de discos vendidos em todo o país ancorados em sucessos como 'Feiticeira',' Ciganinha', 'Arma de Vingança', 'Vá pra cadeia', 'Final de Semana', entre outras canções.
Com depoimentos essenciais, o livro ajuda o leitor a entender a importância do cantor potiguar para a música popular brasileira. Artistas como Agnaldo Timóteo, Bartô Galeno, Carlos André, Gilliard, Fernando Luís, Fernando Mendes, Lindomar Castilho, Paulo Márcio, Messias Paraguai, Nando Cordel, além do jornalista e historiador Paulo César de Araújo, falam do contato com a música de Carlos Alexandre e o que ela representou para a época.
O livro será vendido pela internet, através do site, pela fanpage do livro no Facebook (O Homem da Feiticeira) ou nos seguintes pontos de venda em Natal: Livraria Nobel (Av. Hermes da Fonseca, Lagoa Seca), Sebo Vermelho (Avenida Rio Branco, Cidade Alta), Bardallos Comida e Arte (Rua Gonçalves Ledo s/n, Cidade Alta) e Bar da Sol (Cidade Nova).
O Homem da Feiticeira
Na visão do jornalista Rafael Duarte, O Homem da Feiticeira foi um ídolo popular que conviveu com o preconceito das elites, fez sucesso num país extremamente desigual e acabou reconhecido num mundo particular do qual ele nunca quis se distanciar. “Mas Carlos Alexandre também foi vítima. Uma vítima do sucesso que o fez acreditar que poderia romper qualquer limite”, explica.
Depois de várias tentativas para entrar na equipe que o radialista Carlos Alberto de Sousa levava em caravana para tocar em circos e casas de shows pelo interior do Rio Grande do Norte, o mundo se abriu para o jovem Pedro Soares Bezerra. Ganhou o nome artístico de Carlos Alexandre na tentativa de dar força ao personagem que até ali se apresentava como Pedrinho da Padaria. De escrita rude e fácil, tocou o coração de uma gente tão simples como ele. A canção do Paralítico, por exemplo, o aproximou das pessoas com deficiência física.  “Carlos Alexandre fez da música ‘Canção do Paralítico’ uma das mais incríveis ações de marketing da música brasileira ao oferecê-la ao então candidato a deputado federal Carlos Alberto, que tinha como marca assistencialista distribuir cadeiras de rodas à população carente. Essa música é um divisor de águas na carreira dele”, diz o biógrafo.
Certa noite, Carlos Alexandre acordou de um sono profundo ao ouvir a própria voz pela primeira vez na rádio quando Arma de Vingança começou a tocar. Com Feiticeira, seu maior sucesso, ele ganhou as paradas e por lá permaneceu até quando quis o destino. “O homem da Feiticeira é um pedaço escondido da Música Popular que ainda embala o país. A história de Carlos Alexandre é, antes de qualquer coisa, a história de um Brasil que vive à margem, mas que também sofre e ama como todo mundo”, diz.
A biografia “Homem da Feiticeira – A história de Carlos Alexandre”, lançada em 2015, é a segunda edição do livro. Na primeira, datada de abril de 2014, a maioria dos exemplares foi destinada a bibliotecas públicas e não pôde ser comercializada em virtude do contrato entre o autor e a lei municipal Djalma Maranhão de incentivo à cultura. O autor ficou com 150 exemplares, todos distribuídos gratuitamente. A primeira edição contou com o fundamental patrocínio do colégio CEI. Essa segunda edição, revista e ampliada, sai pelo selo Caravela Cultural.
Sobre o autor
Rafael Duarte é jornalista, brasiliense, radicado em Natal desde 1998. Formado em Comunicação Social pela UFRN, trabalhou como repórter no Diário de Natal, Tribuna do Norte e Novo Jornal. O “Homem da Feiticeira – a história de Carlos Alexandre” é seu primeiro livro.
FONTE G1 RN

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